CNJ arquiva processo disciplinar contra ex-juiz da Lava-Jato que protestou em favor de Lula

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A decisão foi assinada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, dois meses após um acordo firmado entre Appio e o CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) arquivou o processo disciplinar instaurado contra o juiz federal que atuou na Lava Jato, Eduardo Appio. A decisão foi assinada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, dois meses após um acordo firmado entre Appio e o CNJ.

Em audiência no mês de novembro, Appio admitiu que teve conduta imprópria, mas sem detalhar qual. Ele ficou à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba por cerca de quatro meses. No início de maio de 2023, ele foi afastado das funções na Vara por conta da suspeição do juiz no âmbito da Lava Jato e todas as decisões do magistrado relacionadas à operação foram anuladas.

Em entrevista à GloboNews, em maio de 2023, Appio afirmou que usava a senha “LUL2022” durante o decorrer da Lava-Jato para acessar o sistema da Justiça Federal (em referência a campanha de Lula em 2022). Entretanto, o juiz negou ser petista.

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“A questão de alguns anos atrás, quando o presidente Lula ainda estava preso, a minha sigla de acesso ao sistema da Justiça Federal era LUL2022. Eu trabalhava com matéria previdenciária e foi um processo isolado, individual meu contra uma prisão que eu reputava ilegal”, disse o juiz.

Supostas ameaças

Outra investigação que corria no CNJ contra Appio era sobre uma suposta ameaça feita contra o desembargador federal Marcelo Malucelli, que revisava suas sentenças.

Em telefonema feita ao filho de Malucelli, um pessoa não identificada e que supostamente seria Appio fez perguntas sobre dados pessoais em tom ameaçador.

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