Parlamentares da base do governo assinam pedido de impeachment de Lula

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Em cinco meses de gestão, de janeiro até agora, seis pedidos de afastamento do presidente Lula já foram protocolados pela oposição

Com 47 assinaturas, a Câmara dos Deputados recebeu novo pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto foi apresentado na última terça-feira, 6, pelo deputado federal Sanderson (PL-RS). O documento tem assinatura de deputados da base governista, que estão filiados ao MDB, PSD e União Brasil.

As assinaturas de parlamentares de siglas com comando de ministérios reforçam o racha na base de apoio do governo. Os três partidos citados têm nove ministérios, mas, mesmo assim, suas bancadas têm dado votos contra interesses do governo na Casa. O Palácio do Planalto tem tentado resolver o problema da falta de fidelidade.

O pedido não tem efeito imediato e precisa da aprovação do presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas) para tramitar. Agora, já se somam seis pedidos protocolados que solicitam a saída de Lula do cargo.

A justificativa do pedido cita a visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e a indicação do advogado Cristiano Zanin Martins, 47 anos, ao STF (Supremo Tribunal Federal). O advogado defendeu Lula durante a Operação Lava Jato.

Sobre Maduro, os deputados afirmam que Lula “violou o princípio” de repúdio “ao terrorismo e ao racismo” ao receber o político venezuelano. Dizem ainda que o presidente brasileiro “atentou contra a segurança interna do país” porque Maduro teria ingressado “com suas aeronaves com os sistemas de rastreamento desativado”.

Em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), foram protocolados cinco pedidos de impeachment contra o então presidente na Casa. Ele terminou o governo com mais de 150 denúncias. Nenhuma delas avançou. Quatro parlamentares da base de Lula assinaram o novo pedido de impeachment: Sargento Fahur (PSD-PR), Delegado Palumbo (MDB-SP), Thiago Flores (MDB-RO) e Rodrigo Valadares (União-SE). O PSD comanda os ministérios da Agricultura, da Pesca e de Minas e Energia; o MDB, os de Planejamento, Cidades e Transportes; e o União Brasil, o das Comunicações, o de Turismo e o de Integração e Desenvolvimento Regional.

Por O Hoje

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