Ele foi condenado em primeira instância a 22 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio
Um dia após ser apresentado como reforço do Boa Esporte, clube do interior mineiro, o goleiro Bruno evitou comentar, em entrevista ao canal ESPN Brasil, o caso do assassinato de Eliza Samudio, que o levou a ser condenado em primeira instância a mais de 20 anos de prisão. Além disso, não disse se está arrependido pela morte da ex-amante, e pediu que as pessoas lhe deem uma nova chance.
“Como posso cumprir uma pena se eu sou um condenado provisório? Eu penso que, da mesma forma que a justiça foi feita contra mim, a justiça também precisa ser feita a meu favor”, disse Bruno, pedindo que as pessoas tenham mais “sentimento” com ele e o deixem retomar a carreira de jogador profissional.
“Não posso jogar o meu sonho fora assim. Assim como o Boa teve coragem de enfrentar o mundo para ficar comigo, eu peço oportunidade para as pessoas. Eu não vou parar.” Em referência a Edmundo, que continuou a jogar de se envolver em 1995 em um acidente de carro que provocou duas mortes, disse: “Não existe pecadinho ou pecadão.”
Evitando comentar o caso do assassinato de Eliza Samudio, Bruno repetiu que merece uma chance para seguir a sua vida. “Você tem de se arrepender das coisas do passado e se tornar uma pessoa melhor. Não é porque você está no fundo do poço que tem de ficar lá. Se tem pessoas estendendo a mão para subir, você tem de subir.”
O jogador foi condenado em primeira instância a 22 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio. Foi libertado no fim de fevereiro após cumprir seis anos de pena, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello.
Por Veja.com