“[…] Ele falava que essa menina era muito ‘fogueteira’. Vivia só em ‘riba’ dele, querendo dinheiro com ele. […] Esfregando nele por causa de dinheiro. Vai indo, o homem não aguenta”.

Em outra gravação, ela confessou que ouviu da neta que o avô estaria “abraçando e beijando” a criança. Novamente, ela teria responsabilizado a menina.

“Ela veio me contar no domingo. Veio brincando, rindo e falando: ‘vovó, o vovô tá me abraçando e me beijando’. Eu falei: ‘tá porque você é sem vergonha, porque não sai de lá de perto dele?’”.

Mãe da vítima, a dona de casa de 36 anos contou que ficou muito abalada quando soube de tudo que acontecia. Segundo ela, a filha já vinha apresentando um comportamento agressivo, mas só contou depois de assistir a uma palestra na escola.

“Ela disse que viu uma palestra na escola sobre abusos e que uma menina teria contado que se sentiu muito mais leve e melhor depois que falou sobre os abusos para os pais. Ela chegou em casa e perguntou ao pai o que iria acontecer se alguém abusasse dela ou da irmã dela”, lembrou.

No dia seguinte, os pais foram chamados pelo colégio dela justamente por causa do comportamento agressivo da menina – estaria rasgando livros. Diante disso, a mãe a perguntou o que estava acontecendo e a criança contou.

“Ela disse que o avô fazia isso desde o ano passado. Que tocava nas partes íntimas dela e relatou até ardência ao urinar. […] Fiquei desesperada. Não conseguia acreditar”, desabafou.

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na delegacia da cidade, a investigação foi iniciada, foi feito o exame pericial – cujo resultado ainda não saiu – , e as diligências serão realizadas.

Segundo a mãe da criança, o Conselho Tutelar da cidade também já está dando o apoio necessário.

Por G1