Piloto de helicóptero que caiu no Lago das Brisas estava embriagado e fazia voo proibido, conclui polícia…

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De acordo com o delegado Ricardo Chueire, esses fatores levaram ao piloto ter uma “desorientação espacial”; três pessoas morreram e uma sobreviveu

O laudo pericial concluiu que o piloto Ricardo Magalhães Santos estava embriagado e fazia um voo proibido no helicóptero que caiu no Lago das Brisas, em Buriti Alegre. O acidente aconteceu em agosto desse ano. Além dele, a namorada, Miriam Fontana, de 33 anos, e uma amiga dela, Mickaelly Damasceno, de 24, também morreram.

De acordo com o delegado Ricardo Chueire, os exames periciais descartaram problemas de mecânicos no helicóptero e apontam que as manutenções estavam em dia. Entretanto, o exame cadavérico realizado no corpo do piloto confirmou a embriaguez.

O delegado destaca que, mesmo se Ricardo não tivesse ingerido bebidas alcoólicas, o voo “não poderia ter acontecido de forma alguma.” “Ele não tinha plano de voo, não tinha o VFR [regras de voo visual, do inglês] noturno e não havia nenhum aeródromo ou heliporto balizado e registro no local”, afirma Chueire.

O delegado ainda conta que foi confirmado que helicóptero que aparece em gravações fazendo manobras arriscada era o mesmo da tragédia. Segundo ele, um oficial do Corpo de Bombeiros confirmou que viu Ricardo ingerindo bebidas alcoólicas e fazendo manobras arriscadas na região no dia do acidente. O bombeiro disse à polícia que tentou abordá-lo, mas que o piloto deixou o local momentos depois.

“Ele já tinha um histórico de realizar esses tipos de manobras. Pelo fato de estar embriagado e não ter uma visibilidade correta, ele perdeu a referência do que era céu, água e terra. Com isso, ele acabou colidindo com a superfície do Lago das Brisas”, afirma.

O delegado explica que não será possível responsabilizar outra pessoa pelo acidente pois “nenhuma pessoa que não estava na aeronave contribuiu para que o voo ocorresse.”

Relembre a queda o helicóptero no Lago das Brisas

A queda da aeronave ocorreu no último dia 24 de agosto. No helicóptero haviam quatro pessoas. Três delas morreram. A única sobrevivente foi Rhayza Fortunato Ferreira, de 24 anos. Em depoimento, ela alegou que um ouviu um estrondo e, logo depois, a aeronave caiu na água.

A sobrevivente teria informado que todos os ocupantes estavam em uma festa num condomínio que fica nas imediações do lago. E que todos os ocupantes teriam ingerido bebidas alcoólicas. Ela também disse que foi convidada por uma das vítimas fatais para o passeio.

De acordo com o IML, Ricardo morreu em decorrência de politraumatismo seguido por afogamento. As duas mulheres morreram por pós-afogamento. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, que tinha o prefixo PR-APN, estava com todas as condições de voo em dia. E tinha autorização para voos noturnos, mas não era autorizada a realizar táxi-aéreo.

Por Mais Goiás

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