O Corpo de Bombeiros do Rio lançou a nova etapa da campanha “Não Arrisque sua Vida por Likes”. A segunda fase é focada no alerta aos motoristas, que não devem usar o celular enquanto dirigem. Um dos focos será a postagem que algumas pessoas fazem enquanto estão no volante. Os militares vão usar as redes sociais para conscientizar a população de que mortes provocadas por uso de celular ai volante são uma realidade no trânsito.
Dados da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) mostram que o uso do celular é a terceira causa de mortes no trânsito no Brasil, perdendo apenas para o álcool e para o excesso de velocidade. O estudo da Abramet ainda mostra que 57% dos acidentes de trânsito envolvendo pessoas de 20 a 39 anos foram causados pelo manuseio do celular durante a condução do veículo.
— Para se ter noção do risco que é dirigir utilizando celular, o ato de digitar uma mensagem de texto enquanto conduz um veículo a 80 km/h equivale a dirigir com os olhos vendados por um percurso de 100 metros – explicou o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar e secretário de Estado de Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro.
Um levantamento do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran), em 2021, no Rio de Janeiro, foram mais de 143 mil infrações pelo uso do celular ao volante. Do início de janeiro a julho de 2022 foram quase 62 mil multas. As infrações são consideradas como gravíssimas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sendo a multa no valor de R$ 293,47 por uso de celular ao volante, além de resultar em sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Selfies de risco
No início de dezembro, O GLOBO mostrou que um levantamento do Corpo de Bombeiros mostra que entre janeiro e novembro deste ano, o Rio registrou 16 mortes em 180 acidentes relacionados a tentativas de fazer fotografias em costões rochosos, encostas, mirantes e cachoeiras do estado.
O número de ocorrências ligadas a selfies representa mais da metade (53,7%) do total de 335 registros feitos pelos bombeiros, até 18 de novembro. O levantamento aponta ainda que 80% das vítimas são homens. Os pontos com maior incidência de casos são a Pedra da Gávea (24), a Pedra do Telégrafo (22) e a Pedra da Tartaruga (10), mas há registros frequentes também na Pedra do Leme, no costão da Urca — que engloba toda a pista Cláudio Coutinho e o contorno do Pão de Açúcar, onde são comuns fotos em situação de pesca, salto das pedras e escaladas — e na Cachoeira do Horto, além da Joatinga.
As 16 mortes, segundo os bombeiros, foram registradas na área da Pedra do Roncador e da Pedra do Telégrafo, no costão da Avenida Niemeyer, em Saquarema e em Rio das Ostras. A corporação informou ainda ter optado por não divulgar os locais exatos das ocorrências por questão de segurança.
Por Mais Goiás