Teste de DNA desmente defesa de Daniel Alves e reforça agressão sexual, diz jornal

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Restos de sêmen coletados das amostras intravaginais da vítima são do jogador, segundo a perícia

Daniel Alves, preso preventivamente desde 20 de janeiro em Barcelona acusado de agredir sexualmente uma jovem de 23 anos em uma boate, mudou sua versão três vezes durante as investigações do caso. A defesa do jogador sustenta que a mulher apenas praticou sexo oral nele. Porém, fontes afirmaram ao jornal espanhol El Periódico que restos de sêmen coletados das amostras intravaginais da vítima são dele, de acordo com os resultados do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses. 

No dia em que denunciou ter sido vítima de estupro, no final de dezembro de 2022, a jovem foi encaminhada de ambulância ao Hospital Clínic, centro de referência para atender mulheres vítimas de agressão sexual. Lá, ela foi submetida a perícia, que coletou amostras biológicas intravaginais.

Segundo o El Periódico, restos de sêmen foram encontrados nessas amostras e na roupa íntima da vítima. Paralelamente, a Polícia Científica de Mossos d’Esquadra fez uma perícia técnica no banheiro da boate.

Os policiais científicos detectaram vestígios de sêmen no chão. E, depois de analisarem também o vestido que a vítima entregou ao formalizar a queixa, encontraram mais restos naquela peça de roupa. Ou seja, amostras de sêmen foram coletadas de quatro lugares diferentes.

Alves, em janeiro, entregou voluntariamente uma amostra de seu DNA aos investigadores. Esse perfil genético foi comparado com as quatro amostras e em todos os casos o resultado coincidiu, de acordo com fontes consultadas pelo jornal espanhol. 

Outros exames feitos na jovem já haviam apontado a penetração vaginal, além de marcas de mordidas, arranhões e hematomas no corpo dela. A defesa do jogador sustenta que houve relação consensual.

Relembre o caso

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A magistrada argumentou na decisão de prender o jogador que existia o risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, a Espanha não tem acordo de extradição com o Brasil.

Na semana passada, os advogados entraram com um recurso pedindo que o jogador seja solto. A defesa e o atleta negam as acusações da jovem. A defesa também afirmou ter expectativas de que em menos de um mês, Daniel seja liberado para responder a denúncia fora das grades.

Segundo o jornal El Periódico, os advogados do jogador afirmaram em recurso que a Unidade Central de Agressões Sexuais (UCAS) da Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, responsável pela investigação, foi tendenciosa. A juíza do caso, Anna Martín, também foi criticada pela defesa. Na opinião dos representantes do brasileiro, ela foi “acrítica” e “pouco cuidadosa”.

A magistrada, no entanto, afirmou em documento “indícios muito mais do que suficientes” para comprovar o estupro. 

Consequências da acusação

Desde o início do escândalo, Daniel Alves perdeu patrocínios e teve o contrato rescindido com o Pumas, do México. De acordo com os advogados, várias companhias “rescindiram ou suspenderam contratos de patrocínio”.

Por Terra

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