O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro determinou a prisão imediata do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. A decisão foi assinada na tarde desta sexta-feira (4). O advogado do bicheiro, Nabor Bulhões, informou que não foi comunicado da decisão.
Conforme o STJ, o ministro deferiu o pedido do Ministério Público para executar a prisão provisória de Cachoeira. Também segundo o órgão, a decisão deve ser publicada na segunda-feira (7). O responsável pela execução é o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que é o órgão de origem do processo que apurou lavagem de dinheiro e desvio de verbas.
Cachoeira foi preso pelos crimes no dia 30 de junho de 2016, no condomínio de luxo onde mora em Goiânia, pela Operação Saqueador, da Polícia Federal (PM) e do Ministério Público Federal (MPF). A ação apurava lavagem de dinheiro e desvio de verbas em obras públicas. A investigação apontou um esquema que desviou R$ 370 milhões de cofres públicos.
Após a prisão, ele foi levado para o Rio de Janeiro, onde ficou por pouco mais de um mês. No dia 17 de agosto, ele teve a prisão preventiva convertida em domiciliar e foi levado de volta para a capital goiana. O pedido de habeas corpus da defesa do contraventor já havia sido feito ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, que javia negado a solicitação.
Acusações
Conforme o MPF, na época, Cachoeira era responsável por criar empresas e contratos fictícios com a construtora Delta. O valor era sacado e usado para pagamento de propinas. Logo após a deflagração da operação, o MPF informou que pedia a condenação dos envolvidos por lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de solicitar a reparação dos danos causados.
A Operação Saqueador foi um desdobramento da Operação Mote Carlo, que desarticulou exploração de máquinas caça-níqueis em Goiás e levou a uma CPI, que por sua vez, cassou o mandato do então senador Demóstenes Torres. Após perder o mandato, o político teve o processo contra ele arquivado no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) da pena e voltou a atuar no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) como promotor.
Por G1