UFC de Rua: pancadões promovem lutas clandestinas na periferia de SP

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De acordo com a Segurança Pública de SP, apesar de chocantes, as lutas não são ilegais

Os bailes funk, também conhecidos como pancadões, que ocorrem na zona norte de São Paulo, são os que mais promovem lutas clandestinas entre jovens e até crianças nos bairros da periferia da capital paulista. Esses eventos são nomeados como “UFC de Rua” ou “UFC da Favela”. Os jovens se encaram cara a cara, rodeados por outras pessoas que registram tudo por meio de celulares e depois compartilham nas redes sociais.

Nos vídeos é possível ver que eles vestem luvas, assim como fazem os lutadores profissionais, antes de partirem para uma troca intensa de socos. Em um ringue improvisado em um posto de combustível, o primeiro golpe certeiro na cabeça derruba um dos desafiantes e empolga a plateia.

Em outros registros, os jovens trocam socos sem equipamento ou compartilham o mesmo par de luvas. Em alguns casos, ocorrem situações que não são comuns em lutas profissionais, como socos desferidos sobre o concreto ou o asfalto, sem nenhum tipo de estrutura para atendimento médico em caso de emergência.

Lutas não são ilegais

Conforme divulgado pelo Portal Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que o 28º Distrito Policial (Freguesia do Ó) “está ciente dos fatos” e disse ainda que as lutas não se enquadram no artigo 129 do Código Penal, “pois houve consentimento mútuo das partes envolvidas”.

Segundo o Coronel da reserva da Polícia Militar, Azor Lopes da Silva Júnior, que também é doutor em sociologia e pós-doutor em hermenêutica jurídica, apesar de “chocantes”, as lutas de rua “não são ilegais”, caso não envolvam apostas e não tenham como objetivo único lesionar o oponente.

UFC

Criada há 30 anos nos Estados Unidos, UFC é a sigla de Ultimate Fighting Championship, a maior organização de artes marciais mistas (MMA) do mundo.

A modalidade se popularizou no Brasil a partir dos anos 2000, com as conquistas de cinturão por vários lutadores brasileiros, como Vitor Belfort, Anderson Silva, Rodrigo Minotauro e José Aldo. No caso da UFC de Rua, a única semelhança com a modalidade profissional são as luvas – que em muitos casos também não são usadas.

Por Mais Goiás

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